Quem sou eu

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Nasci em Pres. Prudente, me formei em jornalismo pela Unesp de Bauru. Morei quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei Inglês na Rutgers University of Newark - New Jersey. Completei 20 anos de carreira trabalhando nas redações das TV's Bandeirantes, SBT, Record e afiliadas da Rede Globo. A maior parte do tempo como repórter. Também dei aula de redação jornalística na Universidade Federal de Mato Grosso - Cuiabá. Fui editora de texto por 5 anos na TV TEM de São José do Rio Preto. Atualmente trabalho na Secretaria do Meio Ambiente. Tenho um interesse profundo pela poesia. Na fila para edição estão um livro de poesias e um infantil. O poema "Dilata" postado nesse Blog foi pra fase regional do Mapa Cultural Paulista. O romance "A queda da Manga" foi uma das quatro obras selecionadas pelo 'Concurso Nelson Seixas' de fomento à Cultura de Rio Preto. Gosto de gente simples, verdadeira. Do mesmo jeito que curto interagir com as pessoas, também fico muito bem sozinha.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Historinha de separação

(Ouviu-se de duas palavrinhas que se encontraram pelo caminho)...

-Oi!
-Tchau!
-Como assim? Fique mais, nem conversamos...
-É que nasci para partir...
-E eu para chegar...Mas me sinto solitária... Nem sempre quero chegar aonde chego e quando desejo ir embora, tudo o que consigo fazer é chegar novamente...Me sinto previsível...impotente... E a alegria que vêem em mim, é só coisa aparente...
-Ah... esse drama não é só seu... Quantas vezes quero parar e meu coração se enche de partida, quando tudo o que eu mais queria era ficar ali, pensando na vida... Desejando feito árvore, estar quieto, plantado, com um amor bem do meu lado.. Mas qualquer movimento me desloca... e lá estou eu de novo indo, previsivelmente partindo...
-Hummm...toda sina aprisiona e essa nossa, me impressiona... Peraí, tive uma idéia...
-“Botar asa em centopéia”?
-Não! E se fizermos um trato?... Deixamos um pouco o nosso ofício e acabamos com o suplício... Para assim viver a vida, curtir a delícia da chegada, sem a terrível dor da partida...

(Conforme foram combinando, Oi e Tchau se aproximando... mundo lá fora ficou complexo...meio assim, fora de nexo...Sem Oi nem Tchau no dicionário, tudo foi pro imaginário... Ser humano não sabia quem chegava ou quem partia... E num reflexo momentâneo, entorpecidas de amor instantâneo, as palavrinhas se entregaram e juraram amor eterno, esquecendo-se com certeza , que tinham a própria natureza. Mas quando a noite fez-se dia, trouxe a verdade sem dó. Tchau havia ido embora. Oi acordou vazio e só...

Da conversa simplezinha
Entre as duas palavrinhas...
Ficou algo certeiro
Que mesmo com as diferenças
O amor foi verdadeiro

E as estrelas que ouviram promessas,
Entenderam enfim
Quem nem toda rima é boa peça
Que um é um
Que outro é outro

Que um é riso
Que outro é dor

Que se aproveite sempre
A instantaneidade
Do amor







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