Quem sou eu

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Nasci em Pres. Prudente, me formei em jornalismo pela Unesp de Bauru. Morei quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei Inglês na Rutgers University of Newark - New Jersey. Completei 20 anos de carreira trabalhando nas redações das TV's Bandeirantes, SBT, Record e afiliadas da Rede Globo. A maior parte do tempo como repórter. Também dei aula de redação jornalística na Universidade Federal de Mato Grosso - Cuiabá. Fui editora de texto por 5 anos na TV TEM de São José do Rio Preto. Atualmente trabalho na Secretaria do Meio Ambiente. Tenho um interesse profundo pela poesia. Na fila para edição estão um livro de poesias e um infantil. O poema "Dilata" postado nesse Blog foi pra fase regional do Mapa Cultural Paulista. O romance "A queda da Manga" foi uma das quatro obras selecionadas pelo 'Concurso Nelson Seixas' de fomento à Cultura de Rio Preto. Gosto de gente simples, verdadeira. Do mesmo jeito que curto interagir com as pessoas, também fico muito bem sozinha.

sábado, 29 de agosto de 2020

Comandos

A ciência: 'ver pra crer'

 A religião: 'crer pra ver'

O ser humano: 'ter pra ser'

Shakespeare: 'ser ou não ser'


Quem me dera entender
O que me faz emudecer...

Desprendimento

Descobri liberdade a esmo

E como melhor intento, escolhi o tormento

O enfrentamento da chuva, da fúria, do vento...

Meia luz


A vantagem de chorar à meia luz, é ter  a impressão de que o choro já foi o bastante, quando na verdade, só está começando...

A queda

Fruta doce

Fruta madura

Por quê tens no auge


A queda?

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Meus eus

Aceito em mim o que não cabe no mundo, por isso trago aqui dentro loucos, inquietos e angustiantes. Também trago revolucionários que chacoalham estantes. Leitores, guerreiros, que agem sem pensar antes. Irreverentes, contestadores, autênticos. Tão  diferentes e tão idênticos... Poetas, anônimos, heterônimos. Você não sabe, mas os aceito, a dançar e a sangrar-me o peito.  Me acariciam na solidão 


e me mostram o que ninguém quer ver. A palavra incendiada, a fratura exposta, a urgência em ser.



quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Lorena

O artista é o corpo das almas e tudo está nele, a regenerar-se, do escárnio ao êxtase.

O artista é emoção até os dentes, é peleja dos sentidos, é palavra morta ressemeada, cambaleante, sobrevivente!

Para lutar

Se eu pudesse te daria, borboletas todo dia. Asas da sabedoria, que transportam sintonia...E de quebra pra voar, livros, cor, vento e ar...Algo para te enfeitar, flores, pólen, querubins, que desprezam qualquer medo e revelam nos ouvidos, os segredos dos jardins...

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Cotidiano

Irmão mais velho, 14 anos, chicoteia o cavalo pra terminar logo a coleta de papelão. Irmão mais novo, 11 anos, nunca foi à escola e deitado na carroça cheira cola. 


Até o céu benevolente, ao ver o menino se sente impotente. Ele não quer ficar louco, ele não quer chamar a atenção. Mas anestesiar a  falta de amor, de comida e de educação...

Segredo

Aniquilei o silêncio

Na solidão do meu quarto

Implodi o meu parto

Pois que amo

Alguém que não sabe que o amo

terça-feira, 25 de agosto de 2020

"Corpoesia"

Quando a noite invadia a casa, frestas

de luz se acendiam.. Infinitudes  logo ocupavam, corpo e poesia. No  meu coração em branco, você escrevia o amor. Aos poucos eu podia ser lida. Éramos corpoesia...

domingo, 23 de agosto de 2020

Casa da minha mãe

Flores colhidas do jardim. No quintal alguém plantava um pé de fruta. A porta da casa da minha mãe ficava sempre aberta e era esperança escancarada no bem.  Parentes e amigos transportavam sorrisos pelos cômodos sem qualquer competição. Café quentinho. Um bichano no sofá espreguiçava o tempo... A gente pensava que  

eram fragmentos de felicidade, mas na verdade, eram de eternidade...

Sopro

Tudo o que há de intraduzivel pousou no seu olhar. Sua boca silencia e seu  corpo vive em chamas, tu me chamas. Já me foge a sua fuga, me deixa sem nada nas mãos a dizer adeus...
 É que neste instante, pousa no ar que respiro, seu sopro mágico, manso, seu lábio vermelho, distante. Sua vida em mim.

sábado, 22 de agosto de 2020

Plantio

Estou reflorestando minha mente. Abrindo espaços para sementes variadas. Estou levando vida a pensamentos áridos. Logo haverá sombra e frescor. Não há como não receber os passarinhos depois...

Matemática inexata

Quanto correr para não ser alcançado? Quanto agir para não ser derrotado? Como reinventar o infinito cansado?

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Nós

Nós somos tudo isto. Um pouco da dor e do desejo da vida, a linguagem que assimilamos, a sutil nevralgia dos gestos e a discutível precisão da palavra. Hoje vou repensar a vida, a loucura dos anos, cheios do que não se cabe... Nós somos tudo isso. O relápso e o profundo, o que é ferido e o que fere, o amor à flor da pele, que não combina com este mundo...

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Filosofando...

A vida é uma circunsferência, formada por coerências e negligências. Longe de começo e fim, é apenas o meio.  O tempo latente, mero personagem. O corpo presente,

é só instrumento. O pensamento insistente, nem  sempre nos torna mais gente...Com alma inquieta vou de rainha a indigente, me mato e me salvo. Bem-vindos à existência, campeonato de tiro ao alvo.

domingo, 16 de agosto de 2020

Urgência

Precisamos desenvolver a capacidade de nos colocar no lugar do outro. Quem sabe assim, enquanto a educação capenga, nós que somos prepotentes, cruéis e insanos, comecemos de uma vez por todas, sermos verdadeiramente humanos. Arrotamos inteligência, quando empatia é a nossa urgência!

sábado, 15 de agosto de 2020

Autoleitura

Às vezes afago, às vezes afogo. Não é  trocadilho, é alma fora dos trilhos.

É trem desembestado a procura de caminho. Não é vôo, é ninho. Não é resposta, é pergunta. Não é pássaro, é ar. Não é simples busca, é vida brusca. E mesmo cansada peço bis. Está na ousadia afiada, meu insensato raio x.