Quem sou eu

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Nasci em Pres. Prudente, me formei em jornalismo pela Unesp de Bauru. Morei quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei Inglês na Rutgers University of Newark - New Jersey. Completei 20 anos de carreira trabalhando nas redações das TV's Bandeirantes, SBT, Record e afiliadas da Rede Globo. A maior parte do tempo como repórter. Também dei aula de redação jornalística na Universidade Federal de Mato Grosso - Cuiabá. Fui editora de texto por 5 anos na TV TEM de São José do Rio Preto. Atualmente trabalho na Secretaria do Meio Ambiente. Tenho um interesse profundo pela poesia. Na fila para edição estão um livro de poesias e um infantil. O poema "Dilata" postado nesse Blog foi pra fase regional do Mapa Cultural Paulista. O romance "A queda da Manga" foi uma das quatro obras selecionadas pelo 'Concurso Nelson Seixas' de fomento à Cultura de Rio Preto. Gosto de gente simples, verdadeira. Do mesmo jeito que curto interagir com as pessoas, também fico muito bem sozinha.

domingo, 20 de setembro de 2020

Descoberta

Ele acreditava que as respostas ficavam num eixo localizado entre a latitude e a longitude da alma e que por isso a vida estava desvendada. Engano. Havia respostas caleidoscópicas, hemisférios obscuros, vértices trêmulos, verdades mutantes, oxítonas tímidas, tormentas escondidas, pêndulos confusos, posturas flácidas. Quando a profundidade escancarava seus tentáculos, ele desejava a superfície. Inútil! Havia 

perguntas empilhadas, dúvidas maltrapilhas, cúpulas dissimuladas, âmagos vazios, intenções mutiladas, murmúrio de caminhos, rótulos oportunistas, nenhuma pista. Ele desejava a brisa, mas foi sugado pela ventania. Era nela que estava a linguagem do vento, que nasceu pra mudar tudo de lugar. Era fato. Quando sucumbiu, ele a tudo descobriu.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Presença

Você, presente ou ausente, ocupa os poros da minha mente, fervilha o amor. É curiosa essa sua presença. Como o vento, toca, sem se deixar ver...


Lance

 É preciso ser breve e preciso, à velocidade que entregamos a nossa vida...


Cordel de eleição

A corrupção começa, de um jeito velado. É toma-lá-dá-cá, do palanque ao mercado. Pois cuidado meu amigo, que vota por interesse. Quem ignora o coletivo, é como se desaparecesse. Pois o papel da política é cuidar do bem comum. Aprenda: voto não se vende, por dinheiro nenhum! Intenção já  corrompida é carroça antes dos bois. Se tudo der errado, como cobrar depois???

Ousadia

Rabisco

Pois a vida

É um risco...


terça-feira, 8 de setembro de 2020

O relógio

Marca chance, desafio. Vida e dor é o que mais conta. Espalha seus minutos tiquetaqueando, como uma mãe de incontáveis filhos. Ao peso de cada segundo, suspende o ponteiro preguiçoso das horas, que feito mágica, avança. Conta o amor e a falta dele. Sob seus efeitos estão em fila todos os mortais. Pela janela, o tempo, nem tão bom, nem tão agressivo, mira a flor, que dentro de instantes morrerá...

domingo, 6 de setembro de 2020

Abandono

Delira a mulher idosa. Balbucia na espuma da boca, nenhuma palavra audível. Alucina-se com flores amarelas e ninguém sabe o motivo. Não se lembra da infância, da mocidade, nem do nome dos filhos. Uma avenida escura no tempo, cravou o peito sem piedade, apagando as lembranças. Por ironia, o esquecimento é inofensivo como uma navalha deitada. Ela está só e disso sabe. Mas é inútil entender agora o desbravador caminho das rugas, as flores amarelas que vêm como um relâmpago na memória. Quieta ela olha pra janela,

então faz o que lhe resta.  Aspira a alucinação perfumada. Deixa um sopro a levar pela fresta...

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Aprendi com os amigos

 "Amor, é o contrário de preguiça" (Pês). "Perdoar é não devolver a ofensa"(Momente). "Quando você está em ausência, fica do tamanho do mundo"(Waldery). "A morte é uma saudade que não tem jeito"(Canela). "Era uma vez dois amigos. Um se chamava outro e o outro se chamava um" (Biba). "Os tiranos nos

jogam pra frente"(Vinícius). "Somos o caseiro da fazenda de Deus. Temos que cuidar de toda a criação".(Chrishna)

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Relato

 O mundo é um eixo imaginário,

sob trópicos imaginários
É um beijo ordinário
sobre bocas carentes
É um jeito doce e falsário, sob uma única realidade:
A dança dos insanos!
Se quisermos melhor, que sejamos mais humanos...

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Experiência

Quando te vi, era só faísca, como a que a gente descobre numa aula de ciências na infância. Pro fogo surgir, era preciso apenas dia quente, lupa, folha seca, reflexo do sol na folha e pronto! Primeiro subia fumacinha e depois um foguinho, que logo corroía a folha diante de nossos olhos fixos...Quando te amei, havia lupa aumentando a importância das coisas, em pouco tempo tinha sol rondando, eu folha fui me tornando alvo propício. Fumaça virou incêndio, chama se alastrou por dentro. Foi tanta dor, tão pouca ciência...Triste ver o que sobrou, desta louca experiência...