Quem sou eu

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Nasci em Pres. Prudente, me formei em jornalismo pela Unesp de Bauru. Morei quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei Inglês na Rutgers University of Newark - New Jersey. Completei 20 anos de carreira trabalhando nas redações das TV's Bandeirantes, SBT, Record e afiliadas da Rede Globo. A maior parte do tempo como repórter. Também dei aula de redação jornalística na Universidade Federal de Mato Grosso - Cuiabá. Fui editora de texto por 5 anos na TV TEM de São José do Rio Preto. Atualmente trabalho na Secretaria do Meio Ambiente. Tenho um interesse profundo pela poesia. Na fila para edição estão um livro de poesias e um infantil. O poema "Dilata" postado nesse Blog foi pra fase regional do Mapa Cultural Paulista. O romance "A queda da Manga" foi uma das quatro obras selecionadas pelo 'Concurso Nelson Seixas' de fomento à Cultura de Rio Preto. Gosto de gente simples, verdadeira. Do mesmo jeito que curto interagir com as pessoas, também fico muito bem sozinha.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Conversa com o sábio

O homem comum
Olhou para o sábio
Com desdém
E disparou:

-Deve ser fácil viver
Tendo todas
As respostas...

O sábio olhou para o homem
E respondeu (perguntando):

-Quando está barulhento
E o som incomoda
Abaixamos o volume

E quando o barulho
É o silêncio?

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Homenagem

Voz
Vida
Vôo vasto

Com você aprendemos

  Valores que apliam a
  Amizade
  Lições numa frase pronunciada com alma:
"TV Tem, a TV que tem você"
  Impulsos do bem
  Narrados milhões de Vezes
  Homem humano, dedicado.
Orgulho, exemplo, saudade de todos nós.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Desmitificando

Minha crença
é uma sombra
que me assombra. Não é nenhum deusinho de vestes brancas, nem cânticos, nem fiéis. É amor que briga pra ser amor, é atitude que embala um rito. Toda luta diária, a desconstrução de um mito.
Minha crença não gera desavença, não aponta o pecado. É forte como um demônio, e frágil, como este mesmo demônio cansado...

Aprendizado

Viver
É encontrar as desmedidas.
O impreciso é vasto
Já o concreto, vazio...

Dilata

Queria ter um coração de lata, não conhecer o amor, nem lembrar que os olhos falam. Queria ter mãos de lata, feitas mesmo de sucata, não sentir qualquer toque, nem o corpo que arrebata. Enferrujar na beira de um rio, não queimar nem sentir frio, parafusos nas articulações, fariam melhor que mil tendões...Queria ter boca de lata, não dizer palavra exata, nem profana nem sensata, não comer macarrão com queijo, nem jamais sentir seu beijo...Olhos de bola-de-gude, enxergar só a superfície de um açude. Em vez de cabeça, ferro fundido, em vez de neurônios, arames farpados, em vez de abraço só o aço...Se eu fosse menos gente, também escolheria óleo em vez de lágrima, em vez de sangue, graxa, em vez de corpo, máquina! Mas lá no fundinho, de algum jeito, desejaria um defeito. Ser uma máquina de lata, que num dia em pane, de amor, dilata...

Sabedoria do garimpo

Pedra difícil
É ouro
Em pedra fácil
A gente tropeça

Homem de Chapéu

Lá vem o homem de chapéu, entre a rua e o céu. Será que tem sonhos o homem de chapéu? Paixão qualquer com a caneta e o papel? Não...Ele sonha sem complicação. Não mistura alma com tinta, nem se preocupa se a forma é distinta. No prato, nada de alimento abstrato. Sonha sim, com a lavoura verdinha, e fartura e chuva fininha, e família e colheita, empilha os frutos, ali se deita. As preces? São só pra afastar pragas, ter toda as contas pagas, esbanjar saúde, colecionar boas  lembranças, trazer de volta a moça de tranças...E eu? Porque a chuva não me basta, a fartura me traz fome, a colheita me consome, a chuva me derrete em lavas, o pensamento fervilha palavras? Lá vem o homem de chapéu, me ensinar lição do céu, se tem nuvem, vai chover, se tem dor, tem coração.
Tudo simples, tal semente na mão, se jogar, brota no chão... Basta ver sem a espada, da interpretação.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Lembrança boa

Remexendo em fotos antigas, hoje me encontrei com um pedacinho da infância de minha filha. Ainda posso ver suas mãozinhas sujas de terra e às vezes de tinta... Essa era a porta da nossa geladeira. Tomar um copo d'água, era pura brincadeira... Dia a dia, lado a lado, nosso amor foi desenhado...



Crochê de sentidos

A cortina borda o vazio do meu quarto
Por trás dela, o gato brinca com um pedaço de barbante.  Tento tocar num fio de futuro, mas há passado nas entranhas. O presente se dissipa, não me dou conta...A janela entreaberta distribui um raio de luz cartesiano, suficiente para um dia. Em cena, por mais que tudo pareça medido, há uma busca que não se finda...