Quem sou eu

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Nasci em Pres. Prudente, me formei em jornalismo pela Unesp de Bauru. Morei quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei Inglês na Rutgers University of Newark - New Jersey. Completei 20 anos de carreira trabalhando nas redações das TV's Bandeirantes, SBT, Record e afiliadas da Rede Globo. A maior parte do tempo como repórter. Também dei aula de redação jornalística na Universidade Federal de Mato Grosso - Cuiabá. Fui editora de texto por 5 anos na TV TEM de São José do Rio Preto. Atualmente trabalho na Secretaria do Meio Ambiente. Tenho um interesse profundo pela poesia. Na fila para edição estão um livro de poesias e um infantil. O poema "Dilata" postado nesse Blog foi pra fase regional do Mapa Cultural Paulista. O romance "A queda da Manga" foi uma das quatro obras selecionadas pelo 'Concurso Nelson Seixas' de fomento à Cultura de Rio Preto. Gosto de gente simples, verdadeira. Do mesmo jeito que curto interagir com as pessoas, também fico muito bem sozinha.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dilata

Queria ter um coração de lata, não conhecer o amor, nem lembrar que os olhos falam. Queria ter mãos de lata, feitas mesmo de sucata, não sentir qualquer toque, nem o corpo que arrebata. Enferrujar na beira de um rio, não queimar nem sentir frio, parafusos nas articulações, fariam melhor que mil tendões...Queria ter boca de lata, não dizer palavra exata, nem profana nem sensata, não comer macarrão com queijo, nem jamais sentir seu beijo...Olhos de bola-de-gude, enxergar só a superfície de um açude. Em vez de cabeça, ferro fundido, em vez de neurônios, arames farpados, em vez de abraço só o aço...Se eu fosse menos gente, também escolheria óleo em vez de lágrima, em vez de sangue, graxa, em vez de corpo, máquina! Mas lá no fundinho, de algum jeito, desejaria um defeito. Ser uma máquina de lata, que num dia em pane, de amor, dilata...

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