Quem sou eu

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Nasci em Pres. Prudente, me formei em jornalismo pela Unesp de Bauru. Morei quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei Inglês na Rutgers University of Newark - New Jersey. Completei 20 anos de carreira trabalhando nas redações das TV's Bandeirantes, SBT, Record e afiliadas da Rede Globo. A maior parte do tempo como repórter. Também dei aula de redação jornalística na Universidade Federal de Mato Grosso - Cuiabá. Fui editora de texto por 5 anos na TV TEM de São José do Rio Preto. Atualmente trabalho na Secretaria do Meio Ambiente. Tenho um interesse profundo pela poesia. Na fila para edição estão um livro de poesias e um infantil. O poema "Dilata" postado nesse Blog foi pra fase regional do Mapa Cultural Paulista. O romance "A queda da Manga" foi uma das quatro obras selecionadas pelo 'Concurso Nelson Seixas' de fomento à Cultura de Rio Preto. Gosto de gente simples, verdadeira. Do mesmo jeito que curto interagir com as pessoas, também fico muito bem sozinha.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tempestade

Atravessei a tempestade dirigindo velozmente até alcançar o estacionamento do supermercado em que você comprava. Eu estava decidida, mesmo que de mãos vazias e você cheio de sacolas. Eu abri a porta do carro e disse:-entra! Fazia tempo que seus olhos não abriam janelas, fazia tempo que nossa boca havia deixado de ser morango. O movimento lá fora era do mundo e seus afazeres, um dilúvio abominado por quem só via a chuva como estorvo. Dentro do carro
era moldura a tempestade. Como num quadro nós, os olhos, minhas mãos vazias e suas sacolas. Uma oferta de angústias em cada etiqueta com preço.
Havia um frango resfriado que cheirava sua vida em outras mãos. Alguém o esperava pro jantar picando dentes de alho. Nosso calor embaçava os vidros,
criando uma falsa sensação de
privacidade.  Nossa comunicação:
o silêncio.  Bem a frente,  o filme da nossa vida e o fim entalado na garganta, no parabrisas molhado, no parabrisas chorado. Estava alí, infinita como as gotas de chuva, uma história torrencial,
que de tanto amor escorreu, que de tanto amor se perdeu...

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