Este meu coração
Cheio de travas
Piso em ovos
Para não quebrar
As palavras...
Quem sou eu

- Luciana Crepaldi
- Nasci em Pres. Prudente, me formei em jornalismo pela Unesp de Bauru. Morei quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei Inglês na Rutgers University of Newark - New Jersey. Completei 20 anos de carreira trabalhando nas redações das TV's Bandeirantes, SBT, Record e afiliadas da Rede Globo. A maior parte do tempo como repórter. Também dei aula de redação jornalística na Universidade Federal de Mato Grosso - Cuiabá. Fui editora de texto por 5 anos na TV TEM de São José do Rio Preto. Atualmente trabalho na Secretaria do Meio Ambiente. Tenho um interesse profundo pela poesia. Na fila para edição estão um livro de poesias e um infantil. O poema "Dilata" postado nesse Blog foi pra fase regional do Mapa Cultural Paulista. O romance "A queda da Manga" foi uma das quatro obras selecionadas pelo 'Concurso Nelson Seixas' de fomento à Cultura de Rio Preto. Gosto de gente simples, verdadeira. Do mesmo jeito que curto interagir com as pessoas, também fico muito bem sozinha.
sábado, 10 de novembro de 2012
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Autruísta
Casa suja, cabeça cheia, bolso vazio.
Família distante, flor seca, alegria nula.
Navalha cega, abraço frouxo, ilusão perdida. Fruta azeda, comida fria, ideal derretido. Luz queimada, corpo esgotado, saudade muda. Licença negada, espelho quebrado,
apatia farta. Porta fechada, sorriso cassado, olhar parado. Régua torta,
Família distante, flor seca, alegria nula.
Navalha cega, abraço frouxo, ilusão perdida. Fruta azeda, comida fria, ideal derretido. Luz queimada, corpo esgotado, saudade muda. Licença negada, espelho quebrado,
apatia farta. Porta fechada, sorriso cassado, olhar parado. Régua torta,
quinta-feira, 10 de maio de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Historinha de separação
(Ouviu-se de duas palavrinhas que se encontraram pelo caminho)...
-Oi!
-Tchau!
-Como assim? Fique mais, nem conversamos...
-É que nasci para partir...
-E eu para chegar...Mas me sinto solitária... Nem sempre quero chegar aonde chego e quando desejo ir embora, tudo o que consigo fazer é chegar novamente...Me sinto previsível...impotente... E a alegria que vêem em mim, é só coisa aparente...
-Ah... esse drama não é só seu... Quantas vezes quero parar e meu coração se enche de partida, quando tudo o que eu mais queria era ficar ali, pensando na vida... Desejando feito árvore, estar quieto, plantado, com um amor bem do meu lado.. Mas qualquer movimento me desloca... e lá estou eu de novo indo, previsivelmente partindo...
-Hummm...toda sina aprisiona e essa nossa, me impressiona... Peraí, tive uma idéia...
-“Botar asa em centopéia”?
-Não! E se fizermos um trato?... Deixamos um pouco o nosso ofício e acabamos com o suplício... Para assim viver a vida, curtir a delícia da chegada, sem a terrível dor da partida...
Da conversa simplezinha
Entre as duas palavrinhas...
Ficou algo certeiro
Que mesmo com as diferenças
O amor foi verdadeiro
E as estrelas que ouviram promessas,
Entenderam enfim
Quem nem toda rima é boa peça
Que um é um
Que outro é outro
Que um é riso
Que outro é dor
Que se aproveite sempre
A instantaneidade
Do amor
terça-feira, 13 de março de 2012
Dança
As vezes me sinto
Como a bailarina
Que se esforça
Para apresentar dança impecável
Mas que sob os pés esconde calos
De uma vida inteira treinando...
Como a bailarina
Que se esforça
Para apresentar dança impecável
Mas que sob os pés esconde calos
De uma vida inteira treinando...
segunda-feira, 12 de março de 2012
Palavras
Palavras
São reis e rainhas
Que se deixam
Manipular
O poeta
É um servo
Que manipula
Não perverso
Pelo verso
São reis e rainhas
Que se deixam
Manipular
O poeta
É um servo
Que manipula
Não perverso
Pelo verso
O engano de Da Vinci
Simetria
E perfeição
Nem lá
Com o homem virtruviano
Que em noites
Solitárias
Cochichou
Nos ouvidos
De Da Vinci
-"Há coisas
Disformes
Que escondo"...
E perfeição
Nem lá
Com o homem virtruviano
Que em noites
Solitárias
Cochichou
Nos ouvidos
De Da Vinci
-"Há coisas
Disformes
Que escondo"...
Cenas
A criança
embala o tempo
no balanço
Lençóis no varal
revelam a poesia de um prendedor
O sol escancara caminhos
no balanço
Lençóis no varal
revelam a poesia de um prendedor
O sol escancara caminhos
como há séculos
O estômago me leva ao trabalho
por um pedaço de pão
E assim amanheço de novo
no sopro do tempo
Com vazios que preencho...
por um pedaço de pão
E assim amanheço de novo
no sopro do tempo
Com vazios que preencho...
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Conversa com o sábio
O homem comum
Olhou para o sábio
Com desdém
E disparou:
-Deve ser fácil viver
Tendo todas
As respostas...
O sábio olhou para o homem
E respondeu (perguntando):
-Quando está barulhento
E o som incomoda
Abaixamos o volume
E quando o barulho
É o silêncio?
Olhou para o sábio
Com desdém
E disparou:
-Deve ser fácil viver
Tendo todas
As respostas...
O sábio olhou para o homem
E respondeu (perguntando):
-Quando está barulhento
E o som incomoda
Abaixamos o volume
E quando o barulho
É o silêncio?
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Homenagem
Voz
Vida
Vôo vasto
Com você aprendemos
Valores que apliam a
Amizade
Lições numa frase pronunciada com alma:
"TV Tem, a TV que tem você"
Impulsos do bem
Narrados milhões de Vezes
Homem humano, dedicado.
Vida
Vôo vasto
Com você aprendemos
Valores que apliam a
Amizade
Lições numa frase pronunciada com alma:
"TV Tem, a TV que tem você"
Impulsos do bem
Narrados milhões de Vezes
Homem humano, dedicado.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Desmitificando
Minha crença
é uma sombraque me assombra. Não é nenhum deusinho de vestes brancas, nem cânticos, nem fiéis. É amor que briga pra ser amor, é atitude que embala um rito. Toda luta diária, a desconstrução de um mito.
Minha crença não gera desavença, não aponta o pecado. É forte como um demônio, e frágil, como este mesmo demônio cansado...
Dilata
Queria ter um coração de lata, não conhecer o amor, nem lembrar que os olhos falam. Queria ter mãos de lata, feitas mesmo de sucata, não sentir qualquer toque, nem o corpo que arrebata. Enferrujar na beira de um rio, não queimar nem sentir frio, parafusos nas articulações, fariam melhor que mil tendões...Queria ter boca de lata, não dizer palavra exata, nem profana nem sensata, não comer macarrão com queijo, nem jamais sentir seu beijo...Olhos de bola-de-gude, enxergar só a superfície de um açude. Em vez de cabeça, ferro fundido, em vez de neurônios, arames farpados, em vez de abraço só o aço...Se eu fosse menos gente, também escolheria óleo em vez de lágrima, em vez de sangue, graxa, em vez de corpo, máquina! Mas lá no fundinho, de algum jeito, desejaria um defeito. Ser uma máquina de lata, que num dia em pane, de amor, dilata...
Homem de Chapéu
Lá vem o homem de chapéu, entre a rua e o céu. Será que tem sonhos o homem de chapéu? Paixão qualquer com a caneta e o papel? Não...Ele sonha sem complicação. Não mistura alma com tinta, nem se preocupa se a forma é distinta. No prato, nada de alimento abstrato. Sonha sim, com a lavoura verdinha, e fartura e chuva fininha, e família e colheita, empilha os frutos, ali se deita. As preces? São só pra afastar pragas, ter toda as contas pagas, esbanjar saúde, colecionar boas lembranças, trazer de volta a moça de tranças...E eu? Porque a chuva não me basta, a fartura me traz fome, a colheita me consome, a chuva me derrete em lavas, o pensamento fervilha palavras? Lá vem o homem de chapéu, me ensinar lição do céu, se tem nuvem, vai chover, se tem dor, tem coração.
Tudo simples, tal semente na mão, se jogar, brota no chão... Basta ver sem a espada, da interpretação.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Lembrança boa
Remexendo em fotos antigas, hoje me encontrei com um pedacinho da infância de minha filha. Ainda posso ver suas mãozinhas sujas de terra e às vezes de tinta... Essa era a porta da nossa geladeira. Tomar um copo d'água, era pura brincadeira... Dia a dia, lado a lado, nosso amor foi desenhado...
Crochê de sentidos
A cortina borda o vazio do meu quarto
Por trás dela, o gato brinca com um pedaço de barbante. Tento tocar num fio de futuro, mas há passado nas entranhas. O presente se dissipa, não me dou conta...A janela entreaberta distribui um raio de luz cartesiano, suficiente para um dia. Em cena, por mais que tudo pareça medido, há uma busca que não se finda...quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Poeira e poesia
Em tempos de capitalismo
e de tormento, falam da poesia como poeira que se arrasta pelo vento.
Verá que não é! Ela é o berço da
ventania!
e de tormento, falam da poesia como poeira que se arrasta pelo vento.
Verá que não é! Ela é o berço da
ventania!
Entra pelos olhos da alma e renova o que se via...
Por pó se passa, por capricho e intento, só prá cumprir seu rito, de levantar o véu, de desvendar o vento, de te invadir por dentro...
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Hipócrita
Adoçante no café, rapadura de sobremesa. No domingo demosntra fé, na segunda ignora a gentileza. Alimenta o racismo desumano e seco, dizendo que tem até amigo preto. Fala que a vaidade não tem sentido e vira a cara pro mal vestido. Defende que os amigos trazem felicidade, usando o interesse pra escolher uma amizade. Você pode até pensar que esse é um jeito de ver, mas o hipócrita está aí, pra nos ensinar como não ser!
sábado, 7 de janeiro de 2012
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