(Ouviu-se de duas palavrinhas que se encontraram pelo caminho)...
-Oi!
-Tchau!
-Como assim? Fique mais, nem conversamos...
-É que nasci para partir...
-E eu para chegar...Mas me sinto solitária... Nem sempre quero chegar aonde chego e quando desejo ir embora, tudo o que consigo fazer é chegar novamente...Me sinto previsível...impotente... E a alegria que vêem em mim, é só coisa aparente...
-Ah... esse drama não é só seu... Quantas vezes quero parar e meu coração se enche de partida, quando tudo o que eu mais queria era ficar ali, pensando na vida... Desejando feito árvore, estar quieto, plantado, com um amor bem do meu lado.. Mas qualquer movimento me desloca... e lá estou eu de novo indo, previsivelmente partindo...
-Hummm...toda sina aprisiona e essa nossa, me impressiona... Peraí, tive uma idéia...
-“Botar asa em centopéia”?
-Não! E se fizermos um trato?... Deixamos um pouco o nosso ofício e acabamos com o suplício... Para assim viver a vida, curtir a delícia da chegada, sem a terrível dor da partida...
Da conversa simplezinha
Entre as duas palavrinhas...
Ficou algo certeiro
Que mesmo com as diferenças
O amor foi verdadeiro
E as estrelas que ouviram promessas,
Entenderam enfim
Quem nem toda rima é boa peça
Que um é um
Que outro é outro
Que um é riso
Que outro é dor
Que se aproveite sempre
A instantaneidade
Do amor
Que lindo!!!! Baby!
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