era moldura a tempestade. Como num quadro nós, os olhos, minhas mãos vazias e suas sacolas. Uma oferta de angústias em cada etiqueta com preço.
Havia um frango resfriado que cheirava sua vida em outras mãos. Alguém o esperava pro jantar picando dentes de alho. Nosso calor embaçava os vidros,
criando uma falsa sensação de
privacidade. Nossa comunicação: o silêncio. Bem a frente, o filme da nossa vida e o fim entalado na garganta, no parabrisas molhado, no parabrisas chorado. Estava alí, infinita como as gotas de chuva, uma história torrencial,
que de tanto amor escorreu, que de tanto amor se perdeu...
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